Oscar Wilde: "Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio."
Se queremos ser espirituosos, criativos, sem resvalarmos para o kitsch... não conseguimos! Temos de nos contentar com uma linguagem limpa e esperar encontrar leitores benevolentes.
Encontrei uma pedra no caminho, negra, rugosa, viva de energia cintilante. De onde vens, que não és daqui? Viajo sem rumo, atravessei poeiras cósmicas, uns sóis atraíram-me, outros quase me mataram, mas fiz o meu caminho e aqui estou. Para ficar? Tudo é transitório. Mas já és velha... Não tanto como os outros [risos], também eu quero continuar a cantar como as estrelas.
que se erguia, forte e esperta, no meio da comunidade cerealífera. Ondulava com o vento, mas não quebrava; corava com o sol, mas não mirrava. Descendente de avós vindos do Médio Oriente, encontrando no Ocidente, úmido e frio, melhores condições para prosperar, esta espiga erguia-se a 200 cm do chão e olhava por cima das outras, com sobranceria e afetação.
Um dia, viu umas aves sobrevoando, claramente interessadas nela e nas suas companheiras. Esticou-se mais, vaidosa que era e (...)
Imaginem um traço: fino ou não, reto ou curvo, vertical ou horizontal ou oblíquo...
Descrevam-no, com o maior número de pormenores e eu vos revelarei aspectos da vossa personalidade, que nem sonhariam ter!
Não precisam de agradecer, hoje estou em serviço público.