A gente anda no ginásio ou numa aula de zumba? Num grupo de macramé ou apenas de WhatsApp? Há um almoço pré-natalício à nossa espera!
E nem é preciso a gente dizer que "sim" - presume-se logo que vamos... Depois, ou vamos ou arranjamos uma catástrofe à medida das sensibilidades do resto do grupo.
Então, quem vai?...
Estão a ver aquelas figurinhas em cristal de Murano e tal? Pois, esta manhã levantei-me a sentir que era uma: as pernas rígidas, frias (belas, nem tanto...), sem articular os joelhos - resumindo: dei uma canelada nos pés da cama, fui quase ao chão de surpresa e dor, enquanto os ombros iam gentilmente arrefecendo.
Pelise...
Devíamos poder desligar as funções menos básicas do organismo, em caso de condições externas menos confortáveis.
Devíamos conseguir esquecer coisas e pessoas que não adiantam para o nosso bem-estar.
Devíamos atar e desatar mais facilmente o que condiciona o nosso melhoramento pessoal.
Ser estóico não me parece que seja um estado normal do ser humano. Porque, como dizia outro, "eu, é mais bolos"!
Gosto de rabiscar uns desenhos (depois, colori-los ou não é outra etapa) e só não tenho a disciplina dos verdadeiros sketchers porque me encolho de fazê-lo em público... O erro é difícil de aceitar, as educações antigas marcaram a vergonha a ferro em brasa nas nossas infâncias inseguras.
E daí eu penso: a vida é um desenhar sem borracha -- ou aceitas ou tornas-te num bicho de conta que nunca esticará as pernas!
Estão a ver aquelas ideias que se enterram nos miolos e arriscam a ferrugem? Cismas que um cérebro racional pode criar, desenvolver, alimentar estupidamente... E, como na cantiga, quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga: inação, dores de cabeça, desânimo, vontade de se atirar a um poço.
Se temos a sorte de, em certa altura do processo, conseguirmos alguém que nos ouça e que nos fale, aquelas cismas começarão a esboroar-se e a mente cora de vergonha e alívio! Safa!
(...)
Ouvi uma médica da voz falar coisas interessantes, até ao momento em que diz que o pigarrear, o aclarar a garganta, faz mal às cordas vocais... Mas, então, isso não se ensina na escola? Andamos uma vida toda a errar clamorosamente e só agora nos avisam? Está mal...
Na última Visão, a entrevista com Charles Duhigg (jornalista norte-americano, prémio Pulitzer) esclareceu-me sobre processos que levam ao sucesso na comunicação (individual e em palestras, mas esta última situação não me interessa).
1. Para comunicar, temos de criar uma ligação e estar atentos aos outros.
2. As conversas são de 3 categorias: a) prática (para resolver um problema, fazer planos); b) emocional (partilhar sentimentos para encontrar empatia); c) social (explorar (...)
Finalmente, vou entrar no segredo dos grandes comunicadores! É que tenho falhado todas as minhas expectativas, logo, tenho andado a balbuciar, a entaramudear palavras e uma pessoa cansa-se de não ser ouvida e o ser humano, sabe-se, anda aqui para dar nas vistas... Mas, primeiro, a bica da manhã.
Como fazer?
Vem agosto, pausa para muita coisa, talvez também eu deva pôr a vida em exame. Pensar mais não chega, que já o faço abundantemente; refletir é diferente, exige ponderação e assumir a importância do resultado. E, sobretudo, creio que preciso de considerar o recomeço: como quero que seja.
Que é...
Hoje, mapas. Não perdi o azimute, mas a procura de sítios, caminhos, localização de estruturas sociais -- interessa-me. E quando deito a mão a um mapa dos (relativamente) antigos, com bonecos, cores, tudo o que pareça artesanal, ganho o dia!