Devíamos poder desligar as funções menos básicas do organismo, em caso de condições externas menos confortáveis.
Devíamos conseguir esquecer coisas e pessoas que não adiantam para o nosso bem-estar.
Devíamos atar e desatar mais facilmente o que condiciona o nosso melhoramento pessoal.
Ser estóico não me parece que seja um estado normal do ser humano. Porque, como dizia outro, "eu, é mais bolos"!
Gosto de rabiscar uns desenhos (depois, colori-los ou não é outra etapa) e só não tenho a disciplina dos verdadeiros sketchers porque me encolho de fazê-lo em público... O erro é difícil de aceitar, as educações antigas marcaram a vergonha a ferro em brasa nas nossas infâncias inseguras.
E daí eu penso: a vida é um desenhar sem borracha -- ou aceitas ou tornas-te num bicho de conta que nunca esticará as pernas!
Estão a ver aquelas ideias que se enterram nos miolos e arriscam a ferrugem? Cismas que um cérebro racional pode criar, desenvolver, alimentar estupidamente... E, como na cantiga, quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga: inação, dores de cabeça, desânimo, vontade de se atirar a um poço.
Se temos a sorte de, em certa altura do processo, conseguirmos alguém que nos ouça e que nos fale, aquelas cismas começarão a esboroar-se e a mente cora de vergonha e alívio! Safa!
(...)
Sarampelho dos macacos, Covid-19, vespas asiáticas, pulgas, pombos que cagam no vosso carro...
E há MUITAS outras, é só imaginar, elas existem!
Que fazer? Aguentar estoicamente, arranjar mais uma teoria da conspiração, fugir para Marte (hein, Musk, dás boleia?)...
Ouvi uma médica da voz falar coisas interessantes, até ao momento em que diz que o pigarrear, o aclarar a garganta, faz mal às cordas vocais... Mas, então, isso não se ensina na escola? Andamos uma vida toda a errar clamorosamente e só agora nos avisam? Está mal...
Ali estão duas pessoas que ficaram amigas depois de uma bela gargalhada, para, tempos depois, se tornarem inimigas... na sequência de outra gargalhada.
Vá-se lá perceber os meandros da razão, ou da falta dela!
É impressão minha ou a vida é uma catrefada de maus acasos?
Na última Visão, a entrevista com Charles Duhigg (jornalista norte-americano, prémio Pulitzer) esclareceu-me sobre processos que levam ao sucesso na comunicação (individual e em palestras, mas esta última situação não me interessa).
1. Para comunicar, temos de criar uma ligação e estar atentos aos outros.
2. As conversas são de 3 categorias: a) prática (para resolver um problema, fazer planos); b) emocional (partilhar sentimentos para encontrar empatia); c) social (explorar (...)
Como fazer?
Vem agosto, pausa para muita coisa, talvez também eu deva pôr a vida em exame. Pensar mais não chega, que já o faço abundantemente; refletir é diferente, exige ponderação e assumir a importância do resultado. E, sobretudo, creio que preciso de considerar o recomeço: como quero que seja.
Que é...
Os cachorros andam mais destemperados, as pessoas menos benevolentes, os barulhos mais vibrantes, os penteados ultra-ridículos, os 'pneus' mais ofensivos...
Digam-me que é só impressão minha e deito-me já da janela abaixo!
Pronto, o invasor não está só à porta, enterrou-se nas madeiras fofinhas e mais antigas...
Levantei uma caixa (onde pouco mexia) e lá estavam uns buraquinhos e uns restos de... iac! Apurei o olhar - e não é que descobri, num sofá-cambalhota, mais crateras (🙄)?
Nem sei se continue à procura...
De Ava Gardner a Marilyn Monroe, de Madonna a Michael Bublé, não esquecendo Michael Jackson -- o que os fez, em devido tempo, famosos? Competência própria e alheia, carisma e arrojo -- e dinheiro, muito.
Depois de algum tempo, desvanesceu-se a estrelinha e vieram outros, para outros públicos e a roda da fama não pára.
Taylor quê?
Quem muito pensa pouco acerta? Quem muito procura perde o azimute?...
Nestes tempos de cólera, entre berros e insultos, queremos que alguém tenha culpa -- é humano. Tal como humano é aquele que desvaria. Em que é que ficamos?